PÁSSARO MADRUGADOR | O Conto | Parte 1

 Pássaro Madrugador 

 O Conto | Parte 1

Em uma noite de céu estrelado Maira caminha pelo litoral, pensando em como seria mágico a sua primeira vez com um homem, em como sentia a necessidade de ser preenchida de amor, de pertencer a alguém, ela admirava o litoral sentindo a brisa preencher seu corpo lhe causando um arrepio, sentou na beira da cais e admirou o Cruzeiro do Sul, que brilhava chamando sua atenção no céu escuro e brilhante de Canoa quebrada, onde residi. 

Seu sonho era um dia casar e viver um grande amor, sonhava com o dia em que conheceria seu albatroz um homem que a amasse intensamente, aquele que ela escolhera para entregar seu coração. Sua vida era tão parada que não cria que algo assim um dia lhe aconteceria. 

Era apenas sonhos, de uma jovem que sonhava um dia ser mulher, plena e completamente de um só amor. Mas seus desejos iam além, além de seus desejo de casar e conhecer o amor. Ela queria algo mais selvagem, sonhava inúmeras vezes, vestida de forma mais provocante, com roupas que definisse mais seu esbelto corpo, cheio de curvas, para alguns exagerados, mas para outros um paraíso em forma de curvas. Mas sua família extremamente tradicional, não aceitava que a filha vestisse roupas provocantes, sensuais, ou no mínimo decotadas. 

Enquanto caminhava de volta para casa, um perfume forte invadiu suas narinas, o perfume era nitidamente de um homem, sua espinha deu sinais de que algo estava acontecendo em seu corpo e involuntariamente sentiu sua calcinha umedecer, enquanto passava do cais para o calçadão, sentiu o chão duro em seus pés, as luzes da cidade se apagaram e o silêncio se tornou alto, ouvia a penas às ondas do mar, que batiam leves, fazendo o movimento de ir e vir, alguns passos mais a frente o perfume que lhe invadiu em instantes atrás fica mais forte a cada passo cego adiante, um passo em falso a faz tropeçar mas antes de chegar ao chão, braços fortes lhe aparam a segurando fortemente impedindo sua queda. 

Os olhos de Maíra passeiam pelos olhos negros de um homem alto que tem seu rosto coberto por seus cabelos longos até os ombros, a falta de luz a impede de enxergar claramente o rosto do cavalheiro que não a deixou chegar ao chão. 

Uma voz suave tira sua atenção — Amor? — era uma mulher que com certeza buscava o homem, que a segurava, logo ela se livra dos braços fortes daquele rapaz que a deixou extremamente excitada apenas com seu cheiro forte, e seus braços de pagadas gentis.  

Ao chegar em casa, subiu para seu quarto ainda sentindo o cheiro impregnado em suas roupas, mas nunca o encontraria de novo — Eu nem vi o rosto dele — mas ele não estava sozinho. — melhor esquecer esse incidente. 

A cama macia com certeza a faria esquecer aquela noite agradável, mas antes seu corpo pedia para ser tocado, seus dedos passearam por seu corpo, e aos poucos a preencheram, sentindo a macies de sua vagina, nem a brisa do mar era capaz de lhe tirar o calor no qual seu corpo se acendia, após ser tocada por aquele cavalheiro, que sem saber a fez sentir às chamas em seu corpo, com apenas um toque.  Logo veio a satisfação ela amava aquela sensação, de saciedade. E a noite ficou mais leve. Relembrando os braços que a tocaram naquela noite.

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CONTINUA ...