O feminismo é um movimento social onde as mulheres buscam os direitos a igualdade política; jurídica e social essa luta não é sexista ou seja não busca impor um tipo de superioridade feminina apenas busca por igualdade entre ambos os sexos.
Talvez tenhamos ganhado essa luta na última década porém o reflexo dessa busca por igualdade está nos índices de feminicídio que cresce a cada ano tendo o seu pico de violência durante a pandemia do covid-19 onde o destaque foi a alta na violência doméstica, o quanto cruel tem se mostrado.
No entanto a lei Maria da Penha apesar de bem desenvolvida e da crescente procura não é suficientemente eficaz quando se trata da segurança da vítima após a denúncia, visto o aumento de ataques seguido de morte das vítimas.
Contudo apesar da violência as mulheres do país se mostram mais unidas, ansiando por justiça e compartilhando sororidade, atrelado a isso o histórico da luta feminista se mostra cada vez mais forte e consciente. O incentivo à defesa pessoal, o aumento da prática de esportes que ensinam as mulheres a autodefesa também é impactante.
Talvez muitos brasileiros NÃO façam essa correlação e explicaria o aumento do feminicídio, a violência doméstica, a cultura machista, a desigualdade de gênero, a negligência da justiça ou até mesmo ao aumento do consumo de álcool e drogas, porém em contrapartida esses motivos podem ser mais simples e banais.
Viver em um relacionamento abusivo leva a mulher a questionar sua escolha e pensar em primeiro lugar nos filhos caso tenham; ou na opinião da sociedade e até mesmo colocar a crença religiosa em questão, ou seja, considera sempre outras pautas e nunca sua segurança e sua felicidade em primeiro lugar.
A questão pautada é motivo de omissões do estado quando nega uma patrulha a casa da mulher que criou coragem e denunciou o ex-marido, é motivo de omissão dos vizinhos mesmo com a desarticulação da intromissão de terceiros quando se trata de uma mulher sendo agredida, e muitas vezes da omissão familiar que acha que brigas entre o casal é normal ao ponto de chegar a agressões extremas.
Quando se tem uma classe com mais de 20 alunos e todos se calam ao negligênciar o tema, a algo a se pensar e considerar, que está errado, já que poucos ali é conhecedor direto, ou indiretamente do tema. Não quero afirmar, mas pensar sobre as lutas que causam outras lutas, essas mais ferozes pois a vida da mulher sempre está em pauta.
Roupa curta, batom vermelho, tatuagens, gírias, classe social, por que uma menina que está na rua no horário da escola, está fazendo programa para o ex-presidente, quem não escandalizar uma fala dessas, é conivente com o estuprador.
Conclusão são N motivos para questionar, para por em discussão, mais apenas um me interessa, o dia que as mulheres pararem de serem mortas pelos ex, será um dia de glória para a mulher brasileira, objetificada pela glória do corpo perfeito, e morta pela tão sonhada liberdade.
Mas o que tudo isso tem haver com "ser humano" o ato de se colocar no lugar de alguém que sofreu uma agressão é o dito "Ser Mais Humano" se você sabe nadar e vê alguém se afogando você para, para filmar ou você socorre? Socorrer é mais humano. Presenciar uma mulher sendo agredida e defende-la é ser humano. Contudo, são ações que define se você é uma bom cidadão ou não.
Samara Melo
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