Eu sempre gostei de poesias, lembro que quando eu tinha uns 10 anos eu tinha uma caderno de poemas e frases, sabe aquelas coisas bem clichês da época? Era tipo isso, antes de realmente criar os meus próprios livros, todo poema de romance que lia, eu escrevia no meu caderninho de arames que meu pai sempre comprava.
Ele sempre comprava dois, um grande e um pequeno, e nesses eu colocava tudo que gostava e achava interessante. Eu lembro que quando eu estava no 6° ano, no primeiro dia de aula, em uma escola nova, eu fiquei com vergonha da mochila que meu pai me deu, era uma mochila muito menininha, coisa de Barbie, e eu vi aqueles alunos descolados e pensei: Não vou passar vergonha, no primeiro, dia de aula. Do portão entreguei minha bolsa a minha mãe, e ela levou pra casa, foi um grande erro.
Por que dentro da mochila estava meu caderninho secreto, e naquele dia, meu pai, fez uma coisa que raramente fazia. Ele foi pra casa durante o dia, e viu meu cardeninho e leu tudo que tinha nele.
Meu pai sempre foi antiquado, imagina como as coisas eram, e são hoje para ele, aquilo escrito no caderno poemas de gente adulta, que falava de sexo, ou de relacionamentos, aquilo pro meu pai era uma coisa errada, extremamente errada.
No dia seguinte, pela manhã ele veio até mim, mostrou o caderno leu um verso, e em seguida começou a me bater, eu apanhei como nunca antes, foi a primeira surra, que eu me lembro nessa idade, que levei do meu pai. E nunca mais esqueci.
Por causa de uma poesia.
Ele nunca mais trouxe outro caderno pequeno, acho que passei mais ou menos um ano. Então ele comprou outro caderno, ele tinha ficado com o anterior pra jogar fora, e falou: Tá aqui agora toda vez que eu vinher em casa, você vai me mostrar esse caderno e se eu ver aquelas presepadas você leva outra surra, e nunca mais compro cadernos pra você.
Depois desse episódio deixei de escrever. Deixei de me interessa pela poesia e só voltei a escrever e a colocar para fora tudo que tenho dentro de mim em forma de poemas e reflexões em 2018.
Em 2020 publiquei pela Viseu o livro de poemas: REFLEXO DO COTIDIANO E ANO PASSADO O LIVRO: POESIA ESCARLATE, AMBOS TAMBÉM DISPONÍVEIS NA AMAZON.
E essa é a minha história com a poesia. Hoje escrevo meus poemas, minhas verdades, sem medo de censuras. E apresento elas a vocês.
Muito em breve irei lançar outro livro, de poemas e reflexões e espero que vocês leiam e gostem.
BOA LEITURA!
LINK: POESIA ESCARLATE
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