A História do Sexo e da Sexualidade

Quem já sentiu a repressão de amigos, parentes, ou qualquer outra pessoa quando se toca no assunto: Intimidade Sexual? 

Acho que muitas mulheres, né verdade? Quem tem vergonha de falar sobre o assunto, até com o parceiro ou a parceira? 

É simples explicar esses sentimentos, crescemos numa sociedade em que falar/orientar sobre sexo era proíbido: pela cultura, pela moral, pela ética, e por causa disso hoje existem muitas mulheres (e até homens), frustradas por conta disso. 

Um pouco da história 

Quando pensamos em questões envolvendo sexo, ou quando nos  deparamos com situações sexuais que nos levam a tomar alguma posição, seja para concordar, conter ou reprimir, não ocorre que a maioria das pessoas que tem aquele pensamento, atitude ou comportamento, talvez tenha sido normal ou natural, em alguns períodos. Ou contido e negado em algumas épocas. A  maneira como as civilizações entendiam e lidavam com comportamentos, valores e normas ligados ao sexo, nunca foram iguais e, tampouco constantes. 

Cada cultura e povos viviam e viam a sexualidade de maneiras diferentes. Inclusive o pensamento sexual ocidental é fruto das práticas, concepções, ensinamentos e valores do século XIX. Um período bem próximo do nosso porém, que nada tem em comum, com as práticas sexuais modernas, ou mesmo da antiguidade.

Em milhares de anos na história a relação sexo-humanidade sempre foi extremamente complexa pois envolve questões, sociais, culturais, religiosas e até psicológicas construídas historicamente, determinadas diferentemente entre cada povo e época. 

Sexo e Sexualidade 

Sexo é um conjunto de práticas, atitudes e comportamentos vinculado ao ato sexual, resultante das concepções entre eles. (Há ainda o sexo biológico, que determina macho e fêmea de uma espécie, identificando um conjunto de características hereditárias, e biológicas que acompanha cada um.)

Sexualidade no nosso entender, é um conjunto de fatos, sentimentos e percepções vinculados ao sexo, ou a vida sexual. É um conceito amplo que envolve a manifestação do impulso sexual, e que dela é decorrente: o desejo, a busca de um objeto sexual, a representação do desejo, a elaboração mental para realizar o desejo, a influência da cultura, da sociedade, da família, a moral, a religião, os valores, a sublimação, a repressão. Em sua essência a sexualidade é biológica, e tem como objetivo primordial o princípio, a origem a perpetuação da espécie. Mas o ser humano, com o uso da razão e das suas faculdades mentais, pôde ir além do impulso biológico e usar a manifestação da Sexualidade para outros fins, ou seja encontrou nela uma forma de dar e receber prazer. 

Essa sensação ocorre por intermédio do sistema nervoso central, é estimulado por sentimentos e fantasias sexuais e é decorrente de uma resposta sexual a um dado estímulo plantado em sua mente. 

Concluindo a história

No final do século XX e início do século XXI, a herança médico-cultural do vitorianismo, aliada a um modo de vida consumista e individualista de uma sociedade capitalista e globalizada, nos leva a uma concepção de sexualidade ainda limitada, normatizada, e geradora de culpa, angústia e ansiedade. Nós indivíduos do século XXI ainda sofremos as consequências desta moral anti-sexual rígida, austera, contida que influenciou profundamente as atitudes em relação a Sexualidade. É neste quadro que inserimos a questão da orientação sexual na escola. Quando levamos para a escola a tentativa de trabalhar com a Sexualidade, levamos junto com essas propostas e projetos toda esta história de repressão e preconceitos.  

Fonte: Referência do texto, Ribeiro, Paulo Rennes Marçal, A sexualidade também tem história. 

Voltando ao nosso assunto: 

Vimos como chegamos até aqui, e o quanto a cultura e outros fatores interferem na relação ser humano-sexo, o relacionamento não é fácil e quando os parceiros não conversam sobre seus desejos, fantasias ou fetiches, é desanimador, muitos têm o desejo de dar uma apimentada na relação independente de como seja, mas encontra resistência social, cultural e no próprio relacionamento. 

E qual é a solução? 

Conversar com seus (suas) parceiros (as) sobre o assunto, buscar deixar a vergonha, e o medo de ser julgado (a) em baixo do tapete, e ir em buscar da sua felicidade. 

E é por isso que apresento a vocês uma sequência de poemas e contos protagonizado por mulheres, que não tiveram medo de serem felizes e realizar as suas fantasias, que não temem a busca do prazer, que buscaram reciprocidade e foram atendidas. 

E você, está esperando o quê, esqueça o julgamento ultrapassado da sociedade e venha curtir uns contos e ter ideias para colocar um fogo positivo nas suas relações. 

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